IN LOCO
Por Mariana Cavalcanti
ARENALES possui 3.500 m² de área com 50 colaboradores que produzem mil doses por ano.
Por dentro do primeiro laboratório do País especializado na manipulação de remédios homeopáticos destinados ao uso de diversas espécies animais: Arenales Homeopatianimal
A homeopatia foi criada pelo médico alemão Cristiano Frederico Samuel Hahnemann há mais de 200 anos. Após tornar-se médico e ter publicado várias obras de nível científico, ingressou na homeopatia – ramo das ciências médicas – após ter-se decepcionado com a terapêutica empírica de sua época, que levava em consideração apenas os sintomas físicos, deixando de lado os aspectos emocionais e psicológicos do paciente. Sendo assim, para ele, todos os sintomas deveriam ser tratados com a mesma importância, visando provocar o estimulo vital do paciente para que ele cure a si próprio.
No Brasil, a médica veterinária Maria do Carmo Arenales, adepta a medicina homeopática desde 1980, em busca por produtos isentos de substância química, inaugurou em Presidente Prudente (São Paulo/SP), em 21 de dezembro de 2000, o primeiro laboratório especializado na manipulação de remédios homeopáticos.
Foto: Arquivo Arenales
Vista aérea da Fábrica
Foto: Arquivo Arenales
A unidade nasceu com três funcionários em uma área de 310 m² e, conta hoje com 3.500 m2 com 50 colaboradores. “Temos o foco na produção de medicamentos veterinários homeopáticos, cujos resultados estejam dentro das especificações estabelecidas em farmacopeia, que define os detalhes para o controle e qualidade de medicamentos para saúde, utilizando tanto farmacopeia homeopática, quanto à brasileira, além disso, a produção sustentável não agride o meio ambiente”, conta.
De acordo com Maria do Carmo, realidade sobre a área vem sofrendo mudanças significativas nos últimos cinco anos, principalmente com o aumento de casos crônicos, como: câncer, diabetes, alergias medicamentosas e alimentares e o avanço na idade média dos animais de companhia. “Também podemos apontar a dificuldade medicar cães e gatos com alopatia e aplicações de injeções, ampliando o mercado de fatores homeopáticos pela palatabilidade dos glóbulos. Contudo, o mercado falta evoluir. Os médicos veterinários se formam com outra mentalidade, pois recebem dentro das universidades conhecimentos sobre as bases da ciência homeopática, que representa a primeira especialidade no Brasil”, aponta e complementa que no mês de novembro foi formado uma Comissão de Homeopatas Veterinários no Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP, São Paulo/SP) na qual Maria do Carmo é conselheira.
HOMEOPATIA EM DETALHES
“NOSSOS FATORES HOMEOPÁTICOS POR TEREM TECNOLOGIA DE PONTA, REPRESENTAM A INOVAÇÃO QUE O MERCADO NECESSITA E NOSSOS COMPANHEIROS DOMÉSTICOS MERECEM. HOJE ESTES ANIMAIS OCUPAM A POSIÇÃO DE MEMBROS DA FAMILIARES. PESSOAS ME DIZEM: ‘ELE (A) É O ÚNICO MEMBRO DA MINHA FAMÍLIA'”
MARIA DO CARMO ARENALES
Médica Veterinária
Segundo a proprietária, a matéria-prima é escolhida de acordo com a legislação vigente, a farmacopeia e necessidade de produção, de forma que otimize o controle de estoque. “Quando a matéria-prima chega à indústria, inicia-se um rigoroso controle de qualidade, avaliando se a substância em questão está apta à produção. Após a aceitação, começa o processo de produção do medicamento, que após finalizado, também é submetido ao controle de qualidade. Somente depois dessas etapas, o produto está disponível para comercialização”, detalha.
Maria do Carmo explica que todos os processos internos são relevantes, porém o controle de qualidade é rigoroso, exigindo, por exemplo, uso obrigatório de equipamentos de proteção, e sendo proibido o uso de cosméticos, tais como esmaltes nas unhas, perfumes e acessórios, além da manutenção constante das máquinas, equipamentos e descontaminação e esterilização de materiais e utensílios.
“Um dos detalhes mais importantes dentro da produção são as identificações com o nome do produto. Pois, temos vários medicamentos em glóbulos. Sem identidade, todos têm a mesma aparência e o mesmo cheiro. O que torna impossível saber qual é determinado medicamento. Por isso, é de extrema importância à identificação em todas as etapas de produção”, cita.
Atualmente, a Arenales produz um milhão de doses por ano no mercado pet. E segundo, a executiva a planta fabril está planejada para significativo aumento de produção, sem necessidade de expansão da área física. “Temos planos de lançamento de novos produtos para a linha pet, que está cada vez mais competitiva e em crescimento”.
Fonte: Revista Cães e Gatos Vet Food. IN LOCO. Edição Nº 184 – Dez/2014
