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Inseminação Artificial x Stress Calórico

28-07-2008 |

As altas temperaturas são uma constante nos países tropicais e têm um grande impacto na reprodução bovina, mais diretamente nas vacas de alta produção leiteira. Por mais que a genética tenha evoluído e tenha nos dado animais mais resistentes existem limites onde os mecanismos fisiológicos que fazem a termo-regulação corporal não conseguem compensar.

Devido ao alto metabolismo corporal o organismo gera uma produção de calor endógeno (calor gerado dentro do corpo) muito grande para produção de grandes quantidades de leite e temos ainda o agravante de altas temperaturas ambientes que geram o que chamamos de calor exógeno (calor gerado pelo ambiente).

Esta combinação leva o animal a um quadro de stress calórico interferindo no metabolismo de hormônios como progesterona e estrógeno e acarretando sérios problemas na maturação dos óvulos e na implantação dos embriões após a fertilização.

Em casos de stress calórico temos uma elevação da temperatura corporal acima dos padrões fisiológicos em 1-2 graus oC .

Com estas elevações podemos ter temperaturas corporais acima de 39 oC que tem enorme impacto na fertilidade.

Para minimizarmos este problema são fundamentais as questões que envolvem manejo e conforto para os animais além da redução nos níveis de energia na dieta e elevação do teor de fibras.

Nossa preocupação maior é realizarmos a inseminação artificial em animais com temperaturas corporais dentro dos padrões fisiológicos o que com certeza resultará em maiores índices de prenhez.

É fundamental gerarmos conforto ambiente aos animais não somente durante o período de inseminação artificial, mas também por um período de no mínimo 60 dias que são os dias críticos em que temos maior chance de reabsorção embrionária e abortos.

Sugerimos também a tomada de temperatura corporal dos animais submetidos a elevados níveis de stress calórico com um simples termômetro através do reto do animal e realizado pelo próprio insemina dor. Caso a temperatura exceda 38 oC não devemos proceder a inseminação artificial e que esta temperatura sirva de alerta ao pecuarista e ao inseminador que algo deve ser alterado na rotina dos animais para que os mesmos tenham condições mínimas para a reprodução.

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